Se é pra escrever, eu escrevo. Falo de qualquer assunto e até de nada. Para algumas coisas, entrevistas são necessárias. Só que, na maioria das vezes, eu escrevo pra mim. E por mim. Demoro para lembrar que as minhas palavras passam pelos olhos e aprovação de outras pessoas. E isso inclui o próprio entrevistado.
Para a minha completa surpresa, pela primeira vez na curta vida de futura jornalista, meu entrevistado me abordou para agradecer. O que normalmente são críticas foram palavras de agradecimento. E foi algo que fiz sem intenção alguma.
Eu nem pensava mais sobre o assunto e ali estava ele, me agradecendo e dizendo que adorou. Quando os profissionais falam de reconhecimento, não penso que eles estão falando de multidões. São aqueles olhos brilhantes e o sorriso sincero de alguém que nem precisava falar nada. Mas falou.