sábado, 28 de agosto de 2010

Novo, mas antigo

Post escrito em julho de 2010, mas que estava guardado, esperando pela hora de ser divulgado!


Sabe aqueles dias em que você precisa escrever? Pensar no que quer, na sua história, seus momentos bons e ruins, enfim, na sua vida? Pois eu estou assim. Recordações estão passando pela minha mente a todo instante. Lembro dos meus sonhos e ambições, de coisas que um dia quis e que hoje viraram passado. Até mesmo de coisas que consegui e que agora não passam de boas lembranças.
Existem tantas coisas que ainda queremos fazer, ver, ouvir, sentir, aprender. Tantos assuntos diferentes para serem explorados. Tantas pessoas para conhecer. Mas as vezes, no momento não consigo entender como, esquecemos disso. Esquecemos que existe todo um mundo lá fora esperando por nós. Repleto de "coisas" aguardando por um momento de atenção.
Não importa o que aconteça, sempre haverá algo novo para aprender. Sempre haverá alguém para conhecer. Algo novo para sentir. Porém, isso só acontecerá verdadeiramente se estivermos dispostos a entrar nesse mundo. Não apenas entrar, mas estar realmente presente de corpo e alma. Correr atrás do que se quer, mesmo sabendo de todos os riscos. Algumas vezes esse tal "perigo" ainda pode servir como incentivo para concluirmos um objetivo.

Afinal, se você está na chuva, é pra se molhar.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O mundo virou colorido

Crônica feita especialmente para a aula de Leitura e Produção de Textos II. Na realidade, minha primeira crônica foi sobre os idosos. Porém, não consegui terminá-la, então fiz sobre os coloridos. Boa leitura!

Em todas as ruas, todos os cantos, todas as lojas, espalhados em cada quilômetro quadrado da cidade, estão os coloridos. Eles se teletransportaram das telas dos mais indescritíveis programas de televisão direto para o dia-a-dia de pessoas, que até então, eram normais. A tradicional calça jeans de cor discreta foi substituída, por muitos adolescentes, por uma de cor berrante, chamativa e que nada tem a ver com os tons normais.

Para eles, a moda agora é usar calças dos mais variados tons, óculos grandes dos mais variados tipos e, para pavor de muitos, cabelo das mais variadas cores. Tudo isso tendo em vista apenas uma inspiração: seus ídolos adolescentes. Fiuk, Restart, Cine e outros, que nem merecem ser citados, são tratados como deuses, animando e ditando as próximas atitudes de seus seguidores, que tem mais tonalidades do que o arco-íris.

Essas "Famílias”, como se intitulam, defendem cegamente seus artistas inspiradores, acompanhando-os em shows, programas de televisão ou até mesmo em reuniões de fã clubes. Porém, essa tendência colorida fica mais em vista apenas quando começa a surgir uma pequena revolução, que dá o ponta-pé inicial para a rebelião total.

Quando chegamos a ponto de escutar uma criança, que está caracterizada "coloridamente", falando frases como "puta falta de sacanagem" e "vou xingar muito no Twitter", acredito que esteja na hora de repensarmos nossos conceitos. Não consigo imaginar uma mãe apoiando o filho em uma atitude assim, mas isso existe. Navegando na internet, é fácil encontrar vídeos de adolescentes revoltados, com suas mães fazendo participações especiais nas gravações. Afinal, onde o mundo foi parar?

Um dos meus maiores pesadelos é ter um filho, olhar para ele e perceber que seu cabelo, totalmente desconfigurado, está laranja, sua calça é azul piscina, acompanhada de uma camiseta rosa pink. E, só para dar um toque final, ele abandonou as lentes para usar óculos verde-limão. Agora eu pergunto: como um pai pode deixar o próprio filho sair assim de casa? Ou melhor, como pode deixar o filho fazer uma brutalidade dessas?

Tudo bem, a adolescência é uma idade difícil, todo mundo sabe. Mas isso não justifica tais atitudes. Quer protestar, revoltar-se ou algo do gênero? Então seja criativo, não colorido.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bom apetite

Sexta-feira. Finalmente, sexta-feira. Após uma semana de muita correria, chegou o dia mais esperado por todos. Para relaxar, os mais diversos programas podem ser citados, como, por exemplo, uma noite de farra com os amigos, ficar em casa jogado na cama olhando TV, perambular por aí, enfim. Porém, o destino da minha noite de sexta-feira foi outro, totalmente diferente. Pensando bem, da próxima vez ficarei bem longe de casa, para não ter a possibilidade de que isso aconteça novamente.
Sem mais delongas, a história foi a seguinte: resolvi passar a noite que antecede o final de semana com a cara nos livros. Sim, isso mesmo. Nada como uma pilha de trabalhos para impor um pouco de respeito (medo, pura pressão). Primeiro, organizei todo meu quarto, que estava naquela bagunça básica, consequência da semana que passou despercebida. Depois disso, tomei coragem e coloquei todos os livros e coisas que precisaria em cima da mesa. Então... fiquei com fome e resolvi fazer um lanchinho.
Claro, por que não? Sem pressa alguma, fui até a cozinha, preparei um sanduíche e resolvi o que iria beber. O escolhido foi um iogurte de morango. Peguei a comida e fui desfrutar da privacidade e do conforto de meu amado quarto. E do computador, claro. Coloquei um vídeo para carregar e agitei a minha bebida, como manda a embalagem.
Confesso que, até eu conseguir retirar o plástico do copinho, o vídeo já estava carregado. Acabei deixando a comida de lado e me distraí assistindo ao vídeo, o qual era o clipe de uma das bandas que mais gosto. Minutos depois olhei ao redor, procurando a comida. Comecei a comer o sanduíche, ainda de olho na tela.
Quando meu pequeno espetáculo acabou, estiquei a mão em busca do iogurte geladinho. Por sorte, resolvi desviar os olhos da tela, com medo de derrubar o conteúdo e fazer algum estrago. O que vi foi a mais inusitada e assustadora cena. Acredito que isso habitará meus pesadelos por muito tempo. Duas antenas surgiam pela borda do recipiente, sendo acompanhadas por uma cabeça escura, com olhos muito feios.
Assim que consegui raciocinar, tomei a atitude mais corajosa possível: levantei da cadeira e saí correndo pelo corredor gritando “Eu quase bebi uma barataaaaaaaaaaaa”. Várias cabeças curiosas surgiram no corredor, ao mesmo tempo assustadas e divertidas com a cena. Não consegui contar o que tinha acontecido, então juntei a galera toda no meu quarto e mostrei a prova do crime. A cara de nojo foi geral quando apontei para aquela cabecinha mergulhada no líquido rosa.
A noite foi salva por uma incrível alma caridosa que levou aquela coisa horrível do meu quarto. Não consegui comer mais nada, nada mesmo, durante horas. E até acho que o fantasma da barata vai me atormentar por meses. Mas de uma coisa tenho certeza: nunca mais tocarei em um iogurte de morango na minha vida!

Para encerrar, tenho apenas mais uma consideração a fazer. Eu realmente tomei o iogurte. Mas, na verdade, ele estava extremamente gostoso... e normal. Não tinha nenhum intruso povoando aquele espaço. Mas poderia ter acontecido, não poderia? O que você teria feito?
Boa sorte quando for degustar um iogurte de morango.

sábado, 7 de agosto de 2010

Peripécias de uma noite de luar

Todos estamos acostumados a luz, a enxergar tudo claramente. Mas e quando ela falta? O que fazer?

Hoje o post é dedicado as coisas estranhas que fazemos quando não tem luz. Incrivelmente, todas nossas atividades estão ligadas a energia elétrica, principalmente no período da noite. Quando ainda podemos contar com a luz do sol, nada melhor do que ler um livro ou fazer um passeio. Só que quando tudo, tudo mesmo, está escuro, o sentimento não é muito legal. O episódio de hoje foi um dos mais engraçados que já presenciei sem luz. E foi o primeiro longe de casa.
Minha mãe estava aqui fazendo uma visita, quando a luz começou a piscar. Eu até pensei que tinha algo mexendo no interruptor, mas logo parou. Cerca de meia hora depois, a lâmpada apagou de novo. Só que, desta vez, não voltou.
No início, pensei que a lâmpada tivesse queimado. Então comecei a escutar barulhos pela casa e fui ver o que era. Tudo estava escuro e as gurias correram para trancar todas as portas. Eu odeio ficar no escuro, sem ter a opção de ver a luz. Odeio mesmo. Primeiro desliguei o computador, depois corri atrás de lanterna e vela. Foi um pouco difícil de encontrar, mas logo tínhamos alguns pontos de luz espalhados pela casa.
E então... minha mãe disse que estava tarde e que ela precisava ir embora. Fui com ela até o portão, na companhia de uma maravilhosa lanterna. Mas e agora, o que fazer? Encontrei a Jéssica e a Sabrina na cozinha de casa, fazendo a melhor coisa que se pode fazer nesse local: cozinhando. À luz de velas. Me juntei a elas e começamos a preparar um delicioso rocambole. O "pequeno detalhe" é que estava escuro.
Entre os acontecimentos da noite estão: ovos quebrados, farinha voando por todos os lados e uma vela que caiu umas 3 vezes (quase queimou tudo). Em uma das vezes em que a vela caiu, assim por acaso, eu estava gravando um vídeo. Adivinha só: estava tudo escuro e a única coisa que apareceu na tela foi a chama da vela! Depois de nossa janta estar no forno, começamos a jogar uma partida de canastra.
Daí a Sá teve a ideia de ligar para a companhia e ver a previsão de quando a luz voltaria. O pequeno problema é que ninguém sabia qual era a tal companhia. Foram duas ligações erradas (e muitas risadas, principalmente por parte de um dos atendentes) até descobrimos para onde deveríamos ligar. Escutamos aquela musiquinha, esperamos ser atendidas e, quando finalmente conseguimos falar com o atendente e perguntamos a previsão, a luz voltou! Dá pra acreditar nisso? Exatamente na mesma hora.
Parece brincadeira, mas isso realmente aconteceu. Acho que é uma daquelas coisas que a gente precisa na vida pra dar valor ao que tem.

Ps: a janta ficou ótima... =)