sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Bom apetite

Sexta-feira. Finalmente, sexta-feira. Após uma semana de muita correria, chegou o dia mais esperado por todos. Para relaxar, os mais diversos programas podem ser citados, como, por exemplo, uma noite de farra com os amigos, ficar em casa jogado na cama olhando TV, perambular por aí, enfim. Porém, o destino da minha noite de sexta-feira foi outro, totalmente diferente. Pensando bem, da próxima vez ficarei bem longe de casa, para não ter a possibilidade de que isso aconteça novamente.
Sem mais delongas, a história foi a seguinte: resolvi passar a noite que antecede o final de semana com a cara nos livros. Sim, isso mesmo. Nada como uma pilha de trabalhos para impor um pouco de respeito (medo, pura pressão). Primeiro, organizei todo meu quarto, que estava naquela bagunça básica, consequência da semana que passou despercebida. Depois disso, tomei coragem e coloquei todos os livros e coisas que precisaria em cima da mesa. Então... fiquei com fome e resolvi fazer um lanchinho.
Claro, por que não? Sem pressa alguma, fui até a cozinha, preparei um sanduíche e resolvi o que iria beber. O escolhido foi um iogurte de morango. Peguei a comida e fui desfrutar da privacidade e do conforto de meu amado quarto. E do computador, claro. Coloquei um vídeo para carregar e agitei a minha bebida, como manda a embalagem.
Confesso que, até eu conseguir retirar o plástico do copinho, o vídeo já estava carregado. Acabei deixando a comida de lado e me distraí assistindo ao vídeo, o qual era o clipe de uma das bandas que mais gosto. Minutos depois olhei ao redor, procurando a comida. Comecei a comer o sanduíche, ainda de olho na tela.
Quando meu pequeno espetáculo acabou, estiquei a mão em busca do iogurte geladinho. Por sorte, resolvi desviar os olhos da tela, com medo de derrubar o conteúdo e fazer algum estrago. O que vi foi a mais inusitada e assustadora cena. Acredito que isso habitará meus pesadelos por muito tempo. Duas antenas surgiam pela borda do recipiente, sendo acompanhadas por uma cabeça escura, com olhos muito feios.
Assim que consegui raciocinar, tomei a atitude mais corajosa possível: levantei da cadeira e saí correndo pelo corredor gritando “Eu quase bebi uma barataaaaaaaaaaaa”. Várias cabeças curiosas surgiram no corredor, ao mesmo tempo assustadas e divertidas com a cena. Não consegui contar o que tinha acontecido, então juntei a galera toda no meu quarto e mostrei a prova do crime. A cara de nojo foi geral quando apontei para aquela cabecinha mergulhada no líquido rosa.
A noite foi salva por uma incrível alma caridosa que levou aquela coisa horrível do meu quarto. Não consegui comer mais nada, nada mesmo, durante horas. E até acho que o fantasma da barata vai me atormentar por meses. Mas de uma coisa tenho certeza: nunca mais tocarei em um iogurte de morango na minha vida!

Para encerrar, tenho apenas mais uma consideração a fazer. Eu realmente tomei o iogurte. Mas, na verdade, ele estava extremamente gostoso... e normal. Não tinha nenhum intruso povoando aquele espaço. Mas poderia ter acontecido, não poderia? O que você teria feito?
Boa sorte quando for degustar um iogurte de morango.

Um comentário:

  1. Nem poderia ter acontecido isso nada, ta? Baratas não gostam de iogurte de morango, mas cuidado com os de coco! ;)

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